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IMA reforça atuação na conservação dos manguezais em oficina promovida pelo Ministério do Meio Ambiente

Gerente de Unidades de Conservação representou Alagoas na oficina regional do ProManguezal

Mary Landim* / Ascom IMA

O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) participou, nessa semana, da Oficina Regional Nordeste do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais do Brasil (ProManguezal). O evento ocorreu nos dias 21 e 22 de maio, em Natal (RN), sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), reunindo cerca de 40 representantes de órgãos governamentais, academia, organizações da sociedade civil e povos e comunidades tradicionais.

Alagoas foi representado pelo gerente de Unidades de Conservação do IMA, Alex Nazário, que destacou a relevância do encontro para o fortalecimento das ações estaduais e para a troca de experiências com outros atores da região.

“A participação no evento foi muito rica, pois permitiu rear informações sobre o ecossistema costeiro-marinho em Alagoas, que possui uma biodiversidade expressiva. Além disso, em nosso estado temos o projeto Pró-Manguezais, capitaneado pelo Ministério Público Federal e Estadual, em parceria com o Ibama, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), universidades, ONGs ambientais, municípios que integram a Lagoa do Roteiro e o Complexo Estuarino Mundaú-Manguaba — atualmente Roteiro, Barra de São Miguel e Marechal Deodoro —, além do próprio IMA”, afirmou.

O gerente ressaltou ainda que a oficina foi estratégica para fomentar parcerias e ações integradas em nível nacional.

“Além da subsistência proporcionada pelo mangue, discutimos aspectos relacionados ao financiamento para a preservação ambiental e ações estratégicas que servirão de base para a elaboração de políticas públicas voltadas para esse ecossistema. A iniciativa permite um diagnóstico da situação dos manguezais no Nordeste e contribui para a criação de políticas públicas fundamentais para conservar esse berçário natural, essencial para conter os danos causados pelas mudanças climáticas”, acrescentou.

O ProManguezal, criado em junho de 2024, visa orientar os esforços do Governo Federal para a conservação, recuperação e uso sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos dos manguezais brasileiros. Esses ecossistemas desempenham funções essenciais, como a mitigação da erosão costeira, a proteção contra inundações e o sequestro de carbono, atuando como barreiras naturais no enfrentamento à crise climática.

Na região Nordeste, os manguezais sofrem com altos índices de fragmentação: cerca de 40% da cobertura original foi suprimida, segundo dados apresentados na oficina. Entre os principais vetores de degradação estão as atividades de aquicultura, salinicultura, turismo desordenado e a poluição urbana, especialmente esgoto e resíduos plásticos.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mais de 500 mil brasileiros e brasileiras — entre pescadores, pescadoras e comunidades tradicionais — dependem diretamente dos recursos oferecidos pelos manguezais para subsistência.

“O objetivo dessas oficinas, que estão sendo realizadas em todas as regiões costeiras do país, é reunir estratégias locais para a conservação dos manguezais e, a partir daí, dar prosseguimento a elas com a definição de ações públicas de enfrentamento à sua crescente degradação”, frisou Adriana Risuenho Leão, coordenadora-geral de Conservação e Uso Sustentável do Oceano da Secretaria Nacional de Mudança do Clima do MMA.

*com informações do MMA

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